quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Alberto Giacometti - Visão do Pós Guerra

Alberto Giacometti -Pintor e Escultor (1901-1966)


"Sim, faço pinturas e esculturas e sempre as fiz desde que comecei a desenhar ou pintar,para denunciar a realidade, defender-me ,tornar-me mais forte... para ter uma base de apoio,para me poder movimentar em qualquer campo e em qualquer direcção,para me proteger da fome,do frio
e da morte,para ser livre." Alberto Giacometti

"O homem que anda""Walking Man"
bronze (190x27x110cm)


Individuais ou em grupos,as esculturas de Giacometti alongadas e quase antinaturais, são obras primas existenciais . Traduzem o desespero da vida moderna e reagem angustiadamente à solidão e à morte.

"A Floresta" "The Forest" ,1950
bronze (57 x 61 x 49,5 cm)



"O Homem vacilante,instável" " L'Homme qui Chavire" -1947

A perda de corporalidade torna-se uma figura de estilo que paradoxalmente dá uma estabilidade visual à escultura de Giacometti


"Cão e Gato"

"...o espaço vibra em torno delas,nada mais está em repouso.Talvez porque cada ângulo,
curva,saliência,,crista ou ponta arranhada do metal não estejam elas próprias em repouso.
Cada uma delas continua a emitir a sensibilidade de quem as criou.
Nenhuma ponta ou aresta que recorta e rasga o espaço está morta".


"O Lugar" "La Place" 1948-1949





2 comentários:

Cinda disse...

Lucilia...como hei-de escrever aqui alguma palavra...quando tudo está tão além de qualquer definição...
Um cantinho que traz uma brisa fresca;aquela sensação boa de sentar sem pressa no degrau da escada e ficar a escutar o som que se espalha pela rua,por aquela janela acima de nós...
Tenho a certeza:virei muitas vezes "espantar-me" por aqui...!
Cinda

Esquinas da Memória disse...

"...para me proteger da fome,do frio
e da morte,para ser livre."

Excelente, referência a um artista de enorme valor!!!
Parabéns pelo post, chorei a ouvir a música e adorei o video.
Amei o "Homem que Anda".
Se fosse escultora, este seria certamente o meu estilo. As figuras esguias e extremamente expressivas, preencheram-me a noite.
Muito obrigada por este aconchego para alma.
Beijinhos minha amiga e mantém esta "casa" de pé, porque embora ainda cheire a tinta fresca já dá para adivinhar que será um grande museu virtual.